Este trabalho se estabelece como um instrumental crítico e reflexivo perante a luta contra a prática, enquadrada como ilegal e antiética, das Terapias de Conversão Sexual, com âmbito especial no campo psi, levando-se em conta a crescente nas investidas com o objetivo de retorno dessa prática dentro da saúde. Tem como principal objetivo a construção dessa crítica e, para tal, usará de três eixos argumentativos: o eixo da vivência, o eixo da literatura e o eixo da filosofia humanista. O trabalho baseia-se em uma pesquisa bibliográfica com a leitura e respectivos fichamentos das obras indicadas sobre a temática em questão para decorrente análise crítica dos conteúdos estudados. Parte-se da hipótese de que, embora haja uma dimensão originária dos sentidos, as consciências perceptivas são enunciados chaves na construção de relação de poder, podendo ser apropriadas no sentido da aceitação ou da submissão a valores estereotipados, ortodoxos, nesse caso os que encaminham o sujeito a “cura gay”, lesando suas existências através dos atos violentos. São apresentadas, então, as construções de sentido frente às subjetividades presentes na literatura, correlacionadas à teoria fenomenológica e corporal de Merleau-Ponty e aos danos em sua saúde mental.