O presente estudo trata-se de um relato de experiência acerca do “1º encontro Visi(Bi)lidades: bissexualidades na Amazônia Paraense” realizado pela Liga de Cuidados Integrais à Diversidade Sexual e de Gênero (LACIGS+), Belém-PA. A Liga é composta integralmente por pessoas da comunidade LGBTI+, propõe-se a desenvolver trabalhos a partir do tripé ensino-pesquisa-extensão e construir um espaço de acolhimento, empoderamento e apoio mútuo entre os integrantes. Realizado no dia da Visibilidade Bissexual, o evento propôs promover reflexões e ecoar a pluralidade das vivências bissexuais (sexualidade e identidade política de pessoas para as quais o gênero não é um fator determinante da atração sexual ou afetiva e/ou que se relacionam sexual ou afetivamente com mais de um gênero) dialogando sobre monossexismo, não-binariedade e moda, corporalidades negras, afeto(s) e construção do ser bissexual ao longo da história. Além de compartilhar histórias a respeito de violências que atravessam nossas identidades e, por fim, construindo uma bandeira coletiva com nossos desejos para o presente-futuro enquanto comunidade. Neste sentido, o trabalho tem como objetivo abordar as principais temáticas percebidas (pelas autoras) e discutidas durante todo o encontro, buscando, portanto, enfatizar como o monossexismo sustenta o apagamento sistemático das identidades não-monossexuais, em especial às bissexualidades, gerando processos de deslegitimação e invisibilização, não-pertencimento, hiperssexualização, afetando diretamente nossa saúde mental, subjetividades e relações, sendo elas de amizades, familiares, entre sujeitos da comunidade LGBTI+ e sociedade geral.