Este trabalho tem como objetivo apresentar representações midiáticas e coletivas produzidas em torno da epidemia do vírus HIV/AIDS. Assim sendo, nesta pesquisa é construída uma estrutura argumentativa de que a epidemia do HIV/AIDS apresenta-se como um fenômeno sociocultural, que além de infectar corpos, infecta subjetividades do ponto de vista da produção de preconceitos, às vezes por um moralismo e às vezes por ignorância acerca dos avanços científicos da questão e da educação sexual. Ainda, discute-se com elementos simbólicos, materiais e midiáticos, os quais disputam as narrativas sobre a história do HIV/AIDS, e que nem sempre são respaldados por descobertas científicas. Utiliza-se uma metodologia cartografia para re/construir os desenhos desse mapa discursivo, compreendendo o método cartográfico como um processo inventivo, que não possui pretensões de elaborar discursos universais ou neutros, mas como um rascunho de uma visão de sociedade, em que os pesquisadores empresta sentidos no objetivo de construir um diálogo entre os conceitos e objeto de pesquisa. Ao fim destacam-se as influências que esses discursos midiáticos possuem na produção de subjetividades, e como o ativismo social nas mídias têm contribuído para socializar as descobertas científicas e produção de novos sentidos que reverberam na mudança de comportamento social.