A escola é uma das instituições sociais fundamentais em que a criança deve estar inserida, assim como é responsável por transmitir o conhecimento necessário para que o aluno possa se desenvolver intelectualmente e socialmente. Além do seio familiar, centro este basilar na vida social de toda criança, a escola é o próximo ambiente propício para ajudar na prevenção de episódios de violência sexual para com este público. Nesse sentido, a discussão a respeito da educação sexual no meio educacional é tarefa imprescindível, uma vez que se trata de um tema ainda compreendido como tabu pela sociedade que pode contribuir como sinalizador de situações de abuso. À vista disto, o objetivo do trabalho é fornecer uma proposta interventiva-vivencial, baseada na intervenção afetiva discursiva comportamental, preconizada por Dutra e Galvão. Para tal finalidade, a técnica será realizada com crianças do fundamental I, sendo esta dividida em 4 etapas: 1) aquecimento: feito o uso de uma música infantil que remeta o tema abordado; 2) dramatização: uso de técnica psicodramática “inversão de papéis”; 3) compartilhamento e discussão: roda de conversa com o intuito de discutir sobre a vivência; 4) comportamento pró-social: entrega de panfletos com a ilustração de “semáforo do toque”. Tendo em vista esse esboço, a técnica foi proposta na disciplina de Psicologia Escolar para futuramente ser aplicado em crianças do ensino fundamental, dado que se acredita que a técnica possa fornecer informações vitais de forma lúdica no tocante a educação sexual, contribuindo significativamente para a segurança das crianças.