No início de 2020 o mundo tomava conhecimento de um vírus altamente transmissível e perigoso, colapsando os sistemas de saúde dos países e tornando um desafio constante para a ciência e tecnologia. O planeta estava conhecendo o novo Coronavírus, denominada de SARS-Cov-2, causador da doença Covid-19. Devido a facilidade de contaminação, os setores produtivos foram obrigados a repensar suas atividades, como também, a educação. Essa transmissão era facilitada e potencializada pela aglomerações de pessoas, com isso, cada país foi adotando medidas sociais para evitar esse contato. No Brasil, a pandemia trouxe o fechamento das escolas, então, começa a busca de soluções para que as crianças, adolescentes, jovens e adultos, continuassem o seu processo de ensino e aprendizagem. Nessa busca, uma das alternativas foi o ensino remoto, onde os estudantes acompanhariam as aulas em suas residências utilizando equipamentos e ferramentas tecnológicas. Para o acesso das atividades, era necessário em grande maioria ter internet, que será abordado durante o artigo algumas reflexões socioeconômicas. Essa transição repentina causou muitos desafios para os estudantes em todas as esferas de ensino, especificamente para estudantes do ensino médio, que possuem dificuldades nas disciplinas de ciências da natureza (Química, Física Biologia). Nesta pesquisa qualitativa tem como objetivo investigar a aprendizagem e acessibilidade dos alunos do ensino médio, durante as aulas remotas nessa área específica. Para coleta de dados foi aplicado um questionário semiestruturado com oito perguntas, sendo sete objetivas utilizando a escala de Likert, e uma subjetiva para analisar a inquietação dos estudantes durante o ensino remoto. Foram 41 participantes de duas turmas da 3° série do ensino médio de uma escola estadual técnica integral, onde 66% dos estudantes da escola são provenientes de zona rural. Os resultados dessa pesquisa traz as percepções de aprendizagem e acessibilidade dos estudantes vivenciados durante o contexto de pandemia.