A revolução 4.0 apresenta uma série de inovações que modificaram a economia, a política, o Direito e a educação, de modo que a acelerada transformação digital das últimas décadas redefine o paradigma do consumo de informações e passa a oferecer um acesso imediato e constante a uma vasta gama de conteúdo, frequentemente apresentado de forma sintética e célere. Todavia, verifica-se que essa transformação não ocorreu uniformemente, o que intensificou as disparidades sociais preexistentes. Diante desta realidade, o presente estudo, a partir da revisão sistemática de literatura, descortina o seu olhar para os desafios a serem enfrentados pelo Estado moderno, com recorte para o Estado Democrático de Direito brasileiro, em garantir a todos uma equidade e uma cidadania digital. As raízes amargas dessa disciplina remetem à falta de equipamentos adequados e na limitação de acesso à Internet, questões que se tornaram ainda mais evidentes durante a pandemia. A transição abrupta para um modelo de ensino remoto ampliou ainda mais as desigualdades, destacando a deficiente distribuição do acesso à Internet, sobretudo no Brasil. Assim, diante do risco de marginalização das parcelas da população que não conseguem acompanhar esse ritmo de digitalização que a Educação Digital emerge como um instrumento indispensável para lidar com as transformações da era digital. Apesar dessas adversidades, a Educação Digital assume um papel de destaque na formação da Cidadania Digital, tendo em vista que representa um elemento central no processo de capacitação da sociedade para enfrentar as metamorfoses da era digital, fomentando a inclusão e a compreensão abrangente das implicações desse cenário em contínua mutação. Resta dizer que a concepção contemporânea da Educação Digital como cultura se alinha com a transformação do ensino em um ambiente digital, essencial para capacitar os indivíduos a prosperarem na era digital e compreenderem os aspectos do ciberespaço.