O presente trabalho consiste numa discussão sobre as conquistas do “movimento por uma Educação do Campo” na implementação de políticas públicas no âmbito dos cursos de pós-graduação nas instituições de ensino superior (IES) do país. Nesse sentido, o objetivo central se põe em conhecer e refletir sobre os desafios e conquistas quanto a territorialização nos cursos de pós-graduação pelos povos do campo. Assim, para realização desse compêndio, recorreu-se a uma análise bibliográfica dos estudos e pesquisas quanto as políticas de pós-graduação e Educação do Campo até o ano de 2020, bem como a territorialização do povo camponês nos espaços escolares, tendo como referências estudos de Fernandes (2005), Caldarte (2012) e Santos (2012), dentre outros. Constatou-se a necessidade de ocupação de diferentes territórios materiais e imateriais no campo acadêmico, sendo o ensino superior, em especial a pós-graduação stricto senso, local de muita resistência para com a entrada desses povos, configurando-se em território de luta política, identificou-se também algumas conquistas e muitos entraves quanto a políticas públicas voltadas à pós-graduação para os povos do campo, enfrentamento que os povos do campo tem perpassado na busca de políticas públicas educacionais de base identitária camponesa, sendo evidenciado que os mesmos tem sofrido diversas formas de negação em seus diferentes níveis de escolaridade. Não obstante, o presente trabalho também revela a necessidade da fomentação de pesquisas científicas com a temática em questão.