A Discalculia caracteriza-se como um distúrbio de aprendizagem referente às habilidades associadas a cálculos matemáticos. Desse modo, manifesta-se como um transtorno neurológico que afeta capacidades relacionadas à aprendizagem matemática, a partir de alterações relacionadas às habilidades de compreender e manipular números. A inclusão de alunos com necessidades específicas de aprendizagem, é uma necessidade diante da diversidade social brasileira. A partir disso, o objetivo deste estudo foi analisar a aplicabilidade de materiais manipuláveis, em cinco aulas de Matemática, de uma turma do primeiro ano do Ensino Médio, de uma escola pública da cidade de Curitiba, no estado do Paraná. A turma é constituída por 37 alunos, sendo que quatro crianças possuem laudo de Discalculia. Os materiais elaborados, seguiram perspectivas teóricas fundamentadas em pesquisas de relevância, em perspectiva nacional e autoria, acerca do estudo de Discalculia. Foram abordados diferentes conteúdos, como álgebra e estatística, sendo que o objetivo da análise de aulas consecutivas, foi acompanhar o desenvolvimento e postura dos alunos, diante das abordagens diferenciadas, a partir dos materiais manipuláveis utilizados. Como finalização das práticas, foram aplicados questionários aos alunos, abordando o conteúdo e as opiniões acerca dos materiais e das aulas, de modo geral. Após as observações, e análises dos questionários, foi possível verificar a potencialidade da utilização de materiais manipuláveis, como forma de auxílio a alunos com Discalculia, a partir da assimilação dos conteúdos, demonstrada através dos questionários e das perspectivas dos alunos sobre as aulas. Além disso, a turma, de modo geral, demonstrou progresso a partir do conteúdo, além da visão positiva com relação à manipulação de materiais diferenciados como ferramenta de Ensino de Matemática.