O artigo objetiva analisar e discutir a valorização da imaginação e criatividade de estudantes do terceiro ano do ensino fundamental, em atividade educativa sobre condução de energia, no Clube de Ciências da Universidade Federal do Pará. Compreendemos que a imaginação é um recurso fundamental para o desenvolvimento do pensamento científico. Assumimos a perspectiva histórico- cultural, especificamente as influências no ensino de ciências por práticas investigativas, considerando a imaginação como base da atividade criadora, sem reprimir as experiências de vida e a expressão da criação artística e científica. Nesse contexto, o Clube de Ciências, como espaço institucional, os graduandos de licenciaturas têm oportunidade de exercerem a prática antecipada à docência, desenvolvendo atividades de iniciação científica infantojuvenil para estudantes da educação básica, por meio de investigação como prática de ensino, valorizando a imaginação e criatividade. A pesquisa é qualitativa, na modalidade narrativa, assumindo que nós seres humanos somos organismos contadores de histórias. Ocorreu em uma turma do terceiro ano do ensino fundamental, abordando o tema de condução de energia, em um experimento investigativo que promoveu a testagem de substâncias condutora e isolante; para análise dos dados, utilizamos as produções dos estudantes na atividade, que, frente a situações problemas, puderam identificar e criar modelos explicativos para a testagem de suas hipóteses. Entendemos que o recurso imaginativo e criativo, emerge para gerar pensamentos singulares, seja individual e/ou coletivo, criando condições para que os estudantes se tornem pensadores autônomos. A imaginação é importante por permitir às crianças experiências para explorarem o mundo ao seu redor, com a liberdade de criar perguntas e respostas, sob a orientação de articularem pensamentos para a criação de ideias de cunho científico. A imaginação e a criatividade podem ser impulsionadas em ambientes que valorizem atividades e projetos de ciências, a criarem e testarem hipóteses e, assim, enfrentarem os desafios futuros.