As lacunas em conhecimento teórico-prático tornam a atuação profissional um desafio. A Educação Sexual é um caminho a se buscar, através de diálogos e desvelamentos. Situações de Abuso Sexual ocorrem dentro e fora do âmbito familiar, e desse modo, a criança necessita de uma rede de proteção a qual garanta seus direitos. É primordial que não somente os pais e responsáveis estejam atentos aos “sinais” da violência. Esta é também uma temática a ser destacada para profissionais das políticas que atendem às crianças e devem estar atentos às relações intrafamiliares, os fatores de proteção, negligências e situações de risco em que a criança possa se encontrar, às naturalizações das violências contra crianças nos espaços familiares e coletivos a partir de discursos e imaginários das comunidades, territórios e populações atendidas, bem como o trato da subnotificação. Como principais aportes teóricos: Campos (2019); Figueiró (2009); Brino e Williams (2003); Mendonça (2022). Para o atendimento à criança, é importante uma abordagem humanizada que passe segurança a mesma, um acolhimento com escuta qualificada, atenção continuada e especializada, por parte de uma equipe multiprofissional, eticamente comprometida com a proteção da criança. Uma das contribuições da Educação Sexual se define pela compreensão do que é a violência sexual, suas formas e sinais de alerta, pois desvela, desmistifica, escuta e não culpabiliza a criança e/ou adolescente em situações de abuso. A Educação Sexual trabalha o respeito a si e ao outro, além de conceder a capacidade de denunciar cenários de violência.