O ambiente urbano traz consigo uma série de questões imprescindíveis à sua constituição ao longo da história, expondo processos acumulados de determinados tempos que ecoam na sua atual dinâmica em meio a paisagem urbana nas mais diferentes escalas. Neste contexto, a análise do Racismo Ambiental na paisagem da Cidade do Natal buscou compreender a forma como este fenômeno, produto da desigualdade e das injustiças sociais, se mostra na paisagem urbana da capital potiguar, mediante os processos históricos acumulados ao longo dos anos, tendo como produto a atual dinâmica urbana natalense. A pesquisa possui caráter dialético, sendo quantitativa e qualitativa de observação, dividindo-se em três fases, a primeira consiste no levantamento e pesquisa do arcabouço teórico e dados quantitativos, e a segunda se refere ao levantamento de dados qualitativos mediante visitas de campo pela cidade, por meio de percepções próprias e de moradores das localidades visitadas, a terceira fase diz respeito ao exercício comparativo dos dados quantitativos e qualitativos da pesquisa, evidenciando semelhanças e contradições. Os resultados esperados foram efetivados ao observar uma importante influência de determinados períodos históricos na formação da cidade e sua atual configuração, delimitando a presença de serviços e estruturas em geral, públicas ou privadas, de forma estratificada, em função da composição socioeconômica do espaço urbano, bem como questões relativas ao direito à cidade, no contexto de acesso ao lazer e aos serviços públicos.