Muitos estudos foram realizados sobre o golpe e a vigência do regime militar no Brasil. Este foi um período marcado pela presença de militares no governo; ausência de democracia e perseguição àquelas pessoas consideradas “subversivas” pelo regime. A educação também passou por significativas alterações, neste sentido o presente artigo tem como objetivo discutir as mudanças que afetaram o ensino de história durante o período que ficou conhecido como ditadura militar no Brasil (1964-1985). Pretende-se analisar não apenas as mudanças que vão se dá nesse período, no que se refere a formação dos professores responsáveis por ensinar o componente curricular, mas também as transformações na elaboração dos livros didáticos que passam por alterações significativas com a implantação da disciplina de Estudos Sociais e a formação do professor da mesma área nas chamadas licenciaturas curtas. A ênfase recai também sobre o papel ideológico da disciplina história, o seu papel e sua serventia para o Estado enquanto meio defensivo de ideias e de conceitos, com a elaboração de um currículo voltado a uma determinada formação do espírito nacionalista. A metodologia usada para a realização do trabalho foi a da pesquisa bibliográfica. Como referencial teórico usamos Fonseca (2011), Neves (2003), entre outros. Concluímos com a pesquisa que o ensino de história e a formação de professores para lecionarem tal componente foi alterada durante o regime militar, mas que nos últimos anos, após a redemocratização, vem assumindo novas formas graças a luta destes profissionais por melhores condições de ensino e por reconhecimento.