O Novo Ensino Médio justificado como instrumento para pôr fim aos problemas de ordem pedagógica, tem demonstrado o oposto ao acentuar as contradições nas escolas públicas e reproduzir as desigualdades; por isto, os estudantes e professores tem sido os mais afetados. A pesquisa através de observação direta em duas escolas públicas evidencia o que está por trás do NEM, que não é novo; mas sim, um modelo reprodutivista, neoliberal e conservador. A concepção de educação profissionalizante provém de uma mentalidade conservadora e elitista, cultivada ao longo de anos, e presente na Reforma e BNCC; apresenta caráter dualista e utilitarista, no qual é o único saber necessário e útil, para os(as) filhos (as) dos trabalhadores. Por isso, a resistência e obstáculos ao ensino de Sociologia com a sua desregulamentação e desprofissionalização docente, onde as disciplinas estão sendo assumidas por pessoas sem a formação específica em sociologia. Desde sempre a sociologia tem enfrentado esta problemática, onde os professores formados em outras áreas que não as ciências sociais assumem o componente curricular. O NEM se mascarou de inovador, mas é um projeto político de reprodução e legitimação de desigualdades.