A educação brasileira vive um momento de busca por qualidade e excelência no serviço prestado, baseando-se em novas práticas gerenciais que devem promover e agilizar a organização do ensino, acarretando em melhores índices no nível nacional de educação, cenário este com forte influência do neoliberalismo. Nesse movimento, o Estado, promotor de bens e serviços sociais, teve seu papel deslocado para o âmbito da avaliação e produção de conhecimento sobre a realidade, de modo que se possa intervir na mesma, possibilitando a atuação do setor privado e sua lógica administrativa em áreas como a educação. Esta configuração acarreta em mudanças sobre a atuação da escola, e principalmente sobre os profissionais que compõem a mesma. Em Pernambuco foi implementado o modelo de gestão “Todos por Pernambuco”, que dentre outras ações para a educação, estabelece programas de avaliação de desempenho e responsabilização por resultados; estas políticas também interferem no modo de contratação de professores, conjuntamente com o plano de carreira, carga horária de trabalho e a remuneração recebida. Assim, este trabalho analisa os modelos de contratação de professores no sistema público de educação em Pernambuco nos últimos 20 anos, além de buscar identificar o perfil dos professores com vínculos temporários no estado.