A Reforma do Ensino Médio (lei nº13.415/2017) proporcionou consideráveis mudanças curriculares, a exemplo da implementação do componente curricular Projeto de Vida, e consequentemente ampliou as discussões acadêmicas e políticas sobre as temáticas das juventudes, escola e projetos de vida. Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar os sentidos e significados produzidos por jovens estudantes em relação às categorias escola/educação, família e trabalho. A pesquisa possui uma abordagem metodológica qualitativa, tendo como base para discussão os estudos de autores como Alfred Schutz, Gilberto Velho, Juarez Dayrell, Karl Mannheim, Pierre Bourdieu, dentre outros. A pesquisa está sendo realizada em uma instituição pública de ensino, na cidade de Matões - MA, nordeste brasileiro. Os resultados indicam que o novo componente propicia aos educandos/as dimensões de autoconhecimento e de planejamento, entretanto recebe influências de ideologias neoliberais que necessitam de discussões críticas. Por meio da análise de materiais pedagógicos e documentos oficiais, foi possível concluir que há um distanciamento entre os discursos reproduzidos oficialmente pelos documentos e a realidade social vivenciada pelos/as estudantes. Dessa forma, acreditamos que este estudo contribui para a ampliação das discussões acadêmicas sobre as temáticas supracitadas e aponta para a importância de reflexões sobre os desdobramentos que o componente pode ou não propiciar aos estudantes.