O presente trabalho destaca as políticas curriculares amplamente exploradas pelos governos dos últimos anos, mas especialmente do pós-golpe parlamentar de 2016. Objeto de disputa, a última etapa da educação básica figura enquanto palco de variados projetos em prol de sua reformulação. Discute-se a ampla visibilidade e políticas implementadas, considerando a Lei 13.415/2017 que criou o Novo Ensino Médio (NEM) e configura, atualmente, propostas diferenciadas nos Estados brasileiros. A discussão proposta, dimensiona o currículo da disciplina de Sociologia como elemento de fragilidade, mas ao mesmo tempo, resistência, dado seu retorno aos bancos escolares desde 2008. Para amparar o debate, destaca-se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de 2018, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) 2021, - que traz manuais pautados pelas áreas de conhecimento e não mais disciplinas. Se por um lado, a precarização e fragilização curricular, são a tônica elencada como principal ferramenta das reformas materializadas na BNCC, PNLD 2021 e ENEM, por outro, podem-se destacar elementos de fortalecimento e enriquecimento curricular desde a volta da disciplina, com o acúmulo e ampliação de pesquisas acadêmicas, produção de materiais e livros didáticos, atuação (eventos, grupos de trabalho/pesquisa, laboratórios de ensino) e divulgação (canais no Youtube, páginas especializadas em sites, blogs, redes sociais e mídias sociais de forma geral etc.) das Ciências Sociais num cenário de produção diversificada nos últimos quinze anos. Além dos desafios da área, ressaltam-se possibilidades curriculares diante do cenário trágico de desconstrução dos saberes especializados. A base metodológica retoma o conceitual de recontextualização pedagógica de Basil Berstein e referenciais teóricos críticos acerca do currículo.