Este estudo tem como objetivo apresentar, problematizar e refletir sobre o ensino de sociologia no ensino básico brasileiro a partir do pensamento do sociólogo Florestan Fernandes, além de articulando com o que pensa outros sociólogos que têm tal ensino como objeto de pesquisa. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica (GRESSLER, 2007), mas de forma problematizada teoricamente e, também, ancorada numa metodologia analítica (BECKER, 1999). A questão de pesquisa procura saber até que ponto as contribuições do referido sociólogo paulista foram importantes para se pensar o ensino de sociologia no ensino médio nestas últimas décadas, destacando estudos mais recentes que tratam dessa tão importante temática. Do diálogo com outros sociólogos, tais como Casão e Quinteiro (2007); Guelfi (2007); Sarandy (2007); Handfas e Teixeira (2007); Jinkings (2007); Silva (2007) entre outros, resultaram em reflexões que nos faz pensar um ensino de sociologia mais crítico, reflexivo, problematizador, mas não conclusivo. Da análise, entendemos que o ensino de sociologia no ensino médio brasileiro, a partir de Florestan, passa pela formação inicial do professor, atravessada pelas alternâncias em se tratando de sua obrigatoriedade e quando foi facultado e, também, pela importância dessa disciplina, como sendo a mais viável para a compreensão dos temas da realidade social e de uma formação crítica.