A alfabetização, etapa da vida escolar em que alunos e professores se deparam com diversos desafios que perpassam desde a transição da educação infantil ao ensino fundamental até a complexidade do processo cognitivo que envolve a leitura e a escrita, deve ser acompanhada por um processo formativo continuo e reflexivo por parte do professor alfabetizador. Em 2020, o mundo se deparou com a pandemia da Covid-19, e consequentemente com o isolamento social, fato que ocasionou em todo o Estado do Ceará o cancelamento das aulas presenciais e o início das aulas remotas. Com a suspensão dos encontros presenciais, as formações continuadas ganharam um novo formato, o on-line. O presente trabalho busca compreender os desafios e possibilidades que perpassaram as formações continuadas dos professores alfabetizadores ofertadas pelo Programa Mais Paic durante o ano letivo de 2021. Para tal, o relato de experiência se baseia em um estudo bibliográfico, que se estrutura em uma perspectiva metodológica reflexiva e problematizadora, contextualizada teórica e historicamente acerca da formação continuada e de pesquisa-formação, através de texto descritivo que analisa as ações formativas realizadas e experiências adquiridas com uma turma de professores alfabetizadores que participaram no ano de 2021 do ciclo de formações do Programa Mais Paic, ofertado pelo município de Tianguá-Ce. Entre as tendências de formação de professores, que entrelaçam o cenário brasileiro, iremos nos deter nesta pesquisa para a tendência crítico-reflexiva, pelos estudos e as orientações de NÓVOA (1991), CARVALHO; SIMÕES (1999), ALMEIDA (2002), TARDIF (2000, 2002, 2014). Os resultados deste trabalho ficam expressos nas reflexões realizadas, configurando como o processo formativo foi (re)pensado durante o isolamento social e que contribuições ocorreram para o processo de alfabetização de alunos da rede pública de ensino, sabendo que as formações continuadas perpassam o chão da sala de aula, seja ele físico ou virtual.