Desde que a pandemia da Covid-19 iniciou no mundo, a educação não foi e nem é mais a mesma. Com o distanciamento social, os espaços educacionais encontraram nas tecnologias uma alternativa para dar continuidade à educação escolar por meio do ensino remoto emergencial. No entanto, educadores se depararam com obstáculos formativos, estruturais e materiais que dificultaram o acesso, seja de alunos com ou sem tecnologia e/ou com ou sem deficiência, por exemplo. O objetivo deste trabalho é analisar e propor reflexões sobre o conceito de inclusão digital à luz da contradição entre os avanços tecnológicos e o acesso e uso destes recursos por alunos da rede pública. A partir de uma revisão de literatura, entendemos que a inclusão, a exclusão e os aspectos sociais, econômicos e políticos que atravessam estes conceitos ampliam a visão de uma educação de qualidade. Essa discussão emana de questões e hipóteses, das necessidades e da defesa que especialistas, educadores e pesquisadores fazem sobre a importância da inclusão digital. Conclui-se, que a tão quista acessibilidade para todos não logrou êxito, pelo contrário, escancarou nuances de uma exclusão não apenas digital, e que precisa urgentemente de políticas públicas para incluir os menos favorecidos.