O trabalho se propõe a fazer uma reflexão sobre as formas de letramento digital, baseada na perspectiva de alfabetização de Emília Ferreiro, em construção com a BNCC e os confrontos que o letramento digital encontra com a acessibilidade infantil às mídias sociais. A leitura multissemiótica, além da interpretação do texto, permanece comprometida no âmbito digital, assim, faz-se necessário o guia - no caso, o professor - para pensar naquele texto cotidiano como uma ferramenta de pesquisa, análise e questionamento. O texto em uma rede social está muito além das palavras que este reúne, compete também à habilidade de compreensão de imagens e como estas auxiliam na construção de um gênero. Diferentemente da estrutura e habilidades que configuram a leitura de um site. Que por sua vez, é diferente de como se lê um jogo digital, e assim por diante dentro das plataformas acessíveis à criança. A reflexão levanta questões sobre a vivacidade da língua para a mente infantil e como esse gênero auxilia positivamente o letramento do aprendiz. Não se trata apenas da palavra, associada à imagem. Nem mesmo do signo, ao seu sentido, visto que as habilidades para se ler uma postagem em redes sociais são diferentes das habilidades ao se pesquisar um vídeo, ou verificar a procedência de uma notícia. Esse é um novo modelo de pesquisa supervisionada que deve sim estar presente nas escolas visto a aplicabilidade desse conhecimento na vida do indivíduo.