Este artigo apresenta uma breve discussão teórico-metodológica sobre a atividade metalinguística de concordância verbal na história inventada A Branca de Neve no tempo dos dinossauros, produzida por uma díade portuguesa (ambos com 10 anos de idade), sob o viés da Genética Textual (GT), que coloca a gênese do texto num campo de investigação privilegiado em relação ao produto textual. Tomando como objeto de reflexão o processo de escritura em ato e a relevância da rasura, sobretudo a rasura oral, para a compreensão das atividades metalinguísticas analisadas, as discussões teóricas aqui levantadas apoiam-se nos estudos de Fabre (1990); Calil (2012); Calil (2017); Camps e Milian (1999), entre outros estudiosos do campo da GT que contribuem para a fundamentação das considerações acerca dos eventos de concordância verbal evidenciados na escrita colaborativa, analisados neste artigo a partir do princípio teórico da linguística enunciativa.