Artigo E-book III CONBRALE

E-books

ISBN: 978-65-86901-48-1

TU OU VOCÊ: O PARADIGMA PRONOMINAL DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR EM FLORIANÓPOLIS

Palavra-chaves: PARADIGMA PRONOMINAL TU, COMUNIDADE DE FALA, AÇORES, , E-book E-book
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          O Congresso Brasileiro sobre Letramentos e Dificuldades de Aprendizagem &ndash; CONBRALE &eacute; um evento que prop&otilde;e discuss&otilde;es em torno do tema geral &ldquo;Repensando processos de ensino e de aprendizagem para melhor atender &agrave;s demandas educacionais&rdquo;. Para esta edi&ccedil;&atilde;o do evento continuam sendo contemplados os mesmos processos, colocando em foco os sujeitos formadores e os formando, al&eacute;m de toda uma gama de media&ccedil;&atilde;o inerente ao processo.<br />\r\n
          <br />\r\n
          Como atender as demandas de ensino das gera&ccedil;&otilde;es de hoje e futuras, &agrave; medida que o futuro se desenha constantemente em nosso presente? O que se aprende e o modo como se aprende na escola, interessa a quem, atende a que sujeitos ou demandas? Quem se beneficia com os modos de os curr&iacute;culos se materializarem em pr&aacute;ticas de ensino e aprendizagem? Que quest&otilde;es &eacute;ticas, profissionais est&atilde;o presentes nas pr&aacute;ticas pedag&oacute;gicas ou dispedag&oacute;gicas em contextos de sala de aula? Essas s&atilde;o quest&otilde;es para as quais ser&atilde;o buscadas respostas ao longo do III CONBRALE.<br />\r\n
          <br />\r\n
          O Congresso pretende reunir professores pesquisadores, professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica, professores em forma&ccedil;&atilde;o, profissionais liberais e demais interessados na tem&aacute;tica do evento, vindos de todo o pa&iacute;s e &eacute; uma ocasi&atilde;o para quem deseja apresentar suas produ&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas relacionadas ao evento e pretende fomentar discuss&otilde;es em torno de procedimentos de ensino e de aprendizagem, visando garantir uma melhor vis&atilde;o docente sobre o ensinar hoje de modo a garantir uma aprendizagem mais competente e condizente com as linguagens que circulam no mundo atual.<br />\r\n
          <br />\r\n
          O evento organiza-se em torno de palestras e sess&otilde;es de comunica&ccedil;&atilde;o que contemplam temas chave para entender o ensino e a aprendizagem hoje e para o amanh&atilde;: letramentos, dificuldades de aprendizagem, dispedagogia, curr&iacute;culo, pol&iacute;ticas p&uacute;blicas, inclus&atilde;o, cogni&ccedil;&atilde;o, desenvolvimento, ensino de leitura, literatura, l&iacute;nguas; diversos modos e linguagens atrav&eacute;s dos quais &eacute; preciso estruturar as pr&aacute;ticas de ensino.<br />\r\n
          <br />\r\n
          Contexto<br />\r\n
          As v&aacute;rias crises pelas quais a sociedade tem passado nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas atinge diretamente a educa&ccedil;&atilde;o, sobretudo, em suas bases de ensino e aprendizagem, forma&ccedil;&atilde;o docente e curr&iacute;culo. Tamb&eacute;m as crises dos sujeitos e dos campos de conhecimento s&atilde;o impactadas por quest&otilde;es de inclus&atilde;o social, digital; escola sem partido quest&otilde;es ou &ldquo;ideologias&rdquo; de g&ecirc;nero na escola, ensino religioso, etc.<br />\r\n
          As crises servem como par&acirc;metro de que as &ldquo;ressacas&rdquo; culturais, sociais, educacionais e subjetivas precisam de uma reorganiza&ccedil;&atilde;o em sua estrutura macro. No caso da educa&ccedil;&atilde;o formal e do conhecimento escolarizado, h&aacute; muito o que precisa ser dito, principalmente no momento hist&oacute;rico em que vivemos, quando a velocidade do pensamento, as mudan&ccedil;as estruturais em quase todos os &acirc;mbitos de dom&iacute;nio do humano acontecem em curto espa&ccedil;o de tempo, exigindo novos procedimentos em que os atores da grande cena escolar dramatizam, no mais das vezes, seus dramas por n&atilde;o darem conta das compet&ecirc;ncias exigidas para os sujeitos de agora e do amanh&atilde;.
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                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;As vis&otilde;es sobre educa&ccedil;&atilde;o e ensino s&atilde;o trabalhadas, basicamente, a partir de dois eixos centrais, sem que isso incorra em uma perspectiva bin&aacute;ria e negativa: o eixo do dado e o eixo do novo. Todo o aporte te&oacute;rico, metodol&oacute;gico; todo modo e/ou modelo de abordagem, as novas tecnologias, outras pr&aacute;ticas de saber s&atilde;o percebidos, na educa&ccedil;&atilde;o, como discursos que carregam um aprendizado do ontem que &eacute; negociado com o aprendizado produzido ou constru&iacute;do no momento do agora.<br />\r\n
                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;A terceira vers&atilde;o do Conbrale trouxe consigo discuss&otilde;es em torno de conhecimentos e pr&aacute;ticas relacionadas ao ensino, sustentando-se nessa perspectiva, cimentando o j&aacute; constru&iacute;do e abrindo possibilidades para outros modos de construir um saber fazer amparado em propostas que alimentam o ide&aacute;rio educacional do momento. Nesse sentido, o e-book que o/a leitor/a tem em m&atilde;os aponta para uma discuss&atilde;o em torno desse sentido.<br />\r\n
                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;S&atilde;o textos que n&atilde;o se acomodam nas pr&aacute;ticas de um saber fazer aprendido e estimulado h&aacute; tempos, mas que incorporam ao seu repert&oacute;rio de conhecimento anseios de professores/as preocupados/as com uma melhor gest&atilde;o dos objetos de conhecimento e estudo que s&atilde;o pensados, planejados e preparados para a constru&ccedil;&atilde;o da aula junto aos alunos. Trata-se de textos elaborados no sentido de apresentar novos enfoques sobre, talvez, o mesmo item tantas vezes j&aacute; questionado, mas que encontra um novo respaldo te&oacute;rico a partir de outro olhar acolhido e permitido pelo momento em que o/a pesquisador/a se debru&ccedil;a sobre tais objetos.<br />\r\n
                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;Assim, velhas quest&otilde;es de ordem gramatical, como as tratadas a partir do &ldquo;se&rdquo; condicional ou do uso do &ldquo;tu&rdquo; ou &ldquo;voc&ecirc;&rdquo; v&ecirc;m &agrave; tona como discuss&otilde;es que avan&ccedil;am naquilo que j&aacute; &eacute; consolidado como saber de dom&iacute;nio dos que estudam o &ldquo;fen&ocirc;meno&rdquo; e seus usos. Tamb&eacute;m fazendo parte desse campo sem&acirc;ntico (gramatical), h&aacute; uma discuss&atilde;o em torno dos operadores argumentativos. Como tra&ccedil;o inovador, h&aacute; a perspectiva de relacionar os g&ecirc;neros rap e cordel (e suas bases na oralidade) &agrave;s pr&aacute;ticas de letramento, bem como, muito pr&oacute;ximo de n&oacute;s, do agora, o letramento digital versus ensino remoto. O/a leitor/a ainda encontrar&aacute; discuss&otilde;es em torno das pr&aacute;ticas pedag&oacute;gicas e dos est&aacute;gios supervisionados, todos os textos ancorados nas propostas lan&ccedil;adas no III Conbrale.<br />\r\n
                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;Esperamos que todos que se interessem pelo e-book possam encontrar centelhas de ideias que acendam novos ou outros saberes em perspectiva.
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                  Ana L&uacute;cia Souza - UEPB<br />\r\n
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                  Camilo Rosa Silva - UFPB<br />\r\n
                  Carlos Eduardo Albuquerque Fernandes - UFAPE<br />\r\n
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                  Everton William - UEPB<br />\r\n
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                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;As vis&otilde;es sobre educa&ccedil;&atilde;o e ensino s&atilde;o trabalhadas, basicamente, a partir de dois eixos centrais, sem que isso incorra em uma perspectiva bin&aacute;ria e negativa: o eixo do dado e o eixo do novo. Todo o aporte te&oacute;rico, metodol&oacute;gico; todo modo e/ou modelo de abordagem, as novas tecnologias, outras pr&aacute;ticas de saber s&atilde;o percebidos, na educa&ccedil;&atilde;o, como discursos que carregam um aprendizado do ontem que &eacute; negociado com o aprendizado produzido ou constru&iacute;do no momento do agora.<br />\r\n
                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;A terceira vers&atilde;o do Conbrale trouxe consigo discuss&otilde;es em torno de conhecimentos e pr&aacute;ticas relacionadas ao ensino, sustentando-se nessa perspectiva, cimentando o j&aacute; constru&iacute;do e abrindo possibilidades para outros modos de construir um saber fazer amparado em propostas que alimentam o ide&aacute;rio educacional do momento. Nesse sentido, o e-book que o/a leitor/a tem em m&atilde;os aponta para uma discuss&atilde;o em torno desse sentido.<br />\r\n
                  &nbsp;&nbsp; &nbsp;S&atilde;o textos que n&atilde;o se acomodam nas pr&aacute;ticas de um saber fazer aprendido e estimulado h&aacute; tempos, mas que incorporam ao seu repert&oacute;rio de conhecimento anseios de professores/as preocupados/as com uma melhor gest&atilde;o dos objetos de conhecimento e estudo que s&atilde;o pensados, planejados e preparados para a constru&ccedil;&atilde;o da aula junto aos alunos. Trata-se de textos elaborados no sentido de apresentar novos enfoques sobre, talvez, o mesmo item tantas vezes j&aacute; questionado, mas que encontra um novo respaldo te&oacute;rico a partir de outro olhar acolhido e permitido pelo momento em que o/a pesquisador/a se debru&ccedil;a sobre tais objetos.<br />\r\n
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Publicado em 08 de dezembro de 2021

Resumo

PESQUISAS MOSTRAM QUE NO SUL DO BRASIL HÁ A PREFERÊNCIA PELO USO DO PRONOME PESSOAL TU E SUAS VARIÁVEIS EM RELAÇÃO AO VOCÊ. ISSO SE DEVE PELOS ESPAÇOS GEOGRÁFICOS QUE DEMARCAM AS COMUNIDADES DE FALA. A PRESENTE PESQUISA INTENTOU INVESTIGAR O PORQUÊ DA PREFERÊNCIA DE USO DO PRONOME PESSOAL DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR TU EM FLORIANÓPOLIS. PARA TANTO, PARTIU-SE DO PRINCÍPIO DE QUE O DIALETO PERTENCENTE À COMUNIDADE DE FALA CONHECIDA COMO “MANEZINHA” SE UTILIZA DESSE PRONOME PESSOAL – E SUAS VARIAÇÕES – QUE PODE SE TRATAR DE UMA POSSÍVEL HERANÇA LINGUÍSTICA AÇORIANA. PARA REALIZAR ESTA PESQUISA SE TOMOU POR BASE TEÓRICA OS PRECEITOS METODOLÓGICOS DA TEORIA SOCIOLINGUÍSTICA DESCRITOS POR TARALLO. ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE DUAS FICHAS/QUESTIONÁRIOS SE APANHOU – DE MODO GERAL – QUE HÁ A POSSIBILIDADE DE INFLUÊNCIA AÇORIANA (PORTUGUESA) SOBRE O USO DO PRONOME PESSOAL DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR POR PARTE DOS “MANEZINHOS”.

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