O objetivo do trabalho é apresentar aos professores de filosofia, e aos educadores de uma maneira geral, a proposta kantiana para a formação ética e a autonomia dos jovens, a partir do exercício da faculdade do juízo. Segundo essa proposta, a formação ética e a autonomia dos jovens deve ser estimulada pelos educadores a partir do uso das faculdades cognitivas humanas, de modo especial do uso da faculdade do juízo que possibilita a reflexão sobre os fins das ações humanas. Ao levar os jovens a ajuizar sobre os casos concretos das ações humanas, o educador pode estimulá-los à reflexão no que se refere ao fim desses atos de modo a que esses jovens possam eleger para si máximas que estejam de acordo com os fins da sua razão e, desse modo, possam autonomamente constituir o seu caráter moral. Segundo Kant, é preciso estimular os jovens para o interesse para a moralidade não impondo-os leis objetivas na forma de uma "cartilha ou catecismo moral", mas chamando a sua atenção para o exercício autônomo de sua razão. É em função disso tudo que acreditamos ser relevante o presente tema para fornecer aos professores de filosofia e aos educadores de modo geral, elementos para o seu trabalho docente.