O presente trabalho discute representações de meio ambiente trazidas por alunos de uma escola do campo, visando possibilidades para a promoção de vivências ecopedagógicas no currículo escolar. Desenvolvido numa perspectiva de pesquisa-ação, o estudo focou representações identificadas em produções de alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola do campo de Paudalho/Pernambuco, os quais foram motivados a refletir e produzir cartas em torno de um tema um tema gerador, que circunscrevia uma problemática ambiental local. A partir das representações analisadas e discutidas, o estudo conclui que as representações sociais assumem papel fundamental na condução do ensino-aprendizagem, ao considerar o currículo como uma prática cultural, que tem significado determinante na constituição identitária dos sujeitos. Na perspectiva da inserção da Educação Ambiental no currículo, defende-se a Ecopedagogia como identidade mais próxima à proposta político-pedagógica da Educação do Campo, no sentido da valorização da vida cotidiana e a formação para o cultivo da solidariedade e da sustentabilidade.