Qualquer que seja a direção da qual olhemos a formação do professor de Matemática, as análises ainda apontam para a necessidade de superação de polarizações, dicotomias e desarticulações existentes nas Licenciaturas, as quais desencadeiam no processo de formação lacunas complexas. Consideramos que existe um caminho a ser intencionalmente percorrido, para o qual a Didática pode colaborar, e que exigirá superação técnica, uma releitura conceitual mediante a necessidade de evidenciar também questões atitudinais, priorizando-se a reflexão sobre a prática como espaço de transformação e mobilização do processo de formação docente. A prova didática, é mais uma das muitas exigências à atuação do professor de matemática, seja no cotidiano de sala de aula, pois se constitui um aspecto imprescindível para o ensino e aprendizagem, seja, pela necessidade de “consagração” da sua formação, por meio da aprovação em concursos públicos. Isso nos permite levantar o seguinte problema: Considerando as bancas examinadoras de desempenho didático em concursos públicos para professores de matemática, quais aspectos pedagógicos desafiam a formação desse docente? Nos propomos a analisar quais aspectos pedagógicos desafiam a formação docente considerando a apresentação de dez planos de aula, e respectivas atividades de avaliação da aprendizagem, numa prova didática de concurso público federal para o cargo de professor de matemática. Desafiam a formação do professor de matemática: linguagem, organização e sequência didática clara, objetiva e lógica; o respeito às estratégias pessoais de resolução de problemas; valorização da atividade matemática fundada na oralidade ou no cálculo mental; estimular nos alunos o poder de argumentação.