Este artigo tem como objetivo discutir e analisar de que forma as propagandas impressas influenciam na erotização dos corpos infantis, uma vez que, as mesmas se configuram em artefatos culturais veiculadores de ideologias, estilo de vida e moda. Os meios midiáticos se configuram como fortíssimos difusores de novos padrões de ser e agir, de forma sutil, aparentemente inocente e massiva educam e formam a criança contemporânea para além dos muros da escola.Trata-se, portanto de uma pesquisa exploratória sendo o nosso objeto de estudo as propagandas da marca Lilica Ripilica, para tanto adotamos a metodologia de analise da imagem e discursos acoplados em outdoor e folders publicitários referentes a um recorte de outubro de mil novecentos e noventa e quatro, setembro de mil novecentos e noventa e sete, coleção inverno de dois mil e nove e coleção inverno de dois mil e quatorze.Na nossa sociedade contemporânea. Apoiamo-nos na perspectiva dos Estudos Culturais, e teremos como aporte teórico os seguintes autores: Escosteguy (2001), Kellner (1995), Nelson (1998), Steinberg (2001). Os resultados de nossa análise apontam para a perspectiva de que as mídias produzem saberes e consequentemente produzem sujeitos, dessa forma desempenham uma função pedagógica eficaz e instantânea, ainda podemos afirmar que o discurso da propaganda da marca em questão reflete-se no mundo infantil através de um ensino sutil de padrões de beleza e comportamentos que vão além das regras do mundo da moda fashion, ela é mais ambiciosa e ousada dita um modo de ser menina Ripilica, decidida, uma mulher em miniatura promovendo dessa forma a erotização precoce dos corpos infantis.