Neste artigo discute-se, à revolução sociocultural que as constantes inovações tecnológicas vêm provocando na sociedade. De forma globalizante, as tecnologias digitais representam um fenômeno que perpassa as esferas econômicas, políticas e sociais. No entanto, o foco das discussões já ultrapassam os benefícios dos recursos e suas velozes modernizações. No âmbito da educação, fala-se em novos espaços, relações, público, currículo, sobretudo, em novas mediações. Deste modo, chegou-se ao entendimento de que ao professor, não é, ao menos, não deve ser, atribuída a função de orientar aspectos técnicos de operacionalização e de domínio dos recursos midiáticos. É o professor, no papel de mediador, quem deverá orientar o ensino, mediatizado por modernas tecnologias digitais, articulando todo potencial tecnológico e pedagógico dos dispositivos, que pela sua mobilidade e fascínio, já foram inseridos nas salas de aula pelos próprios alunos. Discutimos, a partir do referencial de Moran (2000), Charlot (2013), entre outros, buscando refletir os impasses e possibilidades de conquistas nos processos de ensino e aprendizagem com uso dos meios digitais, dentro do contexto de uma pesquisa realizada com um grupo de professores da educação básica, que vivenciaram formações continuadas em Tecnologias de Comunicação e Comunicação (TIC’s).