Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Professores como educadores matemáticos, devem procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar, salientando que o aspecto afetivo se encontra implícito no próprio ato de jogar e criar, uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca e cria. Neste sentido a pesquisa teve o objetivo de estimular a aprendizagem da geometria tridimensional através do uso de dobraduras de origami como metodologia lúdica para o ensino de matemática, além de estimular os alunos à gostarem de estudar a matemática compreendendo suas aplicações no cotidiano, por fim, despertando a curiosidade dos alunos em conhecer as formas tridimensionais em origamis. Trata-se de uma pesquisa de campo com foco qualitativo que foi realizada na Escola Estadual Papa Paulo VI, na cidade de João Pessoa – PB, com alunos do 3º ano do Ensino Médio. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizado como instrumentos a observação participante, conversas informais e aplicação da técnica lúdica de dobraduras de origami. As análises da pesquisa foram realizadas a partir do diálogo entre os dados coletados e as contribuições teóricas de Malba Tahan (1895 – 1974) escritor e matemático brasileiro, que ampliou o ensino da matemática pela visão da educação inclusiva, realizada a partir de jogos, de desafios, permitindo uma aprendizagem solidária, através da participação de grupos de alunos. Os resultados apontam que a utilização de dobraduras de origami é uma atividade que estimula a aprendizagem e o gosto por conteúdos matemáticos. Durante a atividade os jovens ao interagirem com as dobraduras em origami, criando os sólidos geométricos com as próprias mãos, desenvolvem o raciocínio lógico-matemático de uma forma lúdica e prazerosa tendo grande relevância nos conteúdos abordados. Os alunos perceberam que é possível aprender Matemática de forma lúdica, recreativa e divertida, tendo maior aprendizagem em relação aos conteúdos estudados, bem como contribuindo para o aumento da criatividade, criticidade e inventividade no ensino da Matemática. Desta forma, as atividades tornam-se mais descontraídas, fugindo dos padrões clássicos tradicionais do ensino da matemática. Metodologias lúdicas possibilitam a busca e o aprofundamento de conhecimento, domínio e demonstrações da aplicabilidade dos conteúdos estudados, para que através deles o aluno possa desenvolver não só o seu raciocínio, mas também o domínio e concentração que será essencial não só na disciplina que diz respeito à matemática, mas também às demais disciplinas escolares.