Embora a perda da biodiversidade não seja um problema recente, somente a partir da década de 1960 é que a comunidade internacional começou a pensar em providências quanto ao estabelecimento de planos e estratégias para a sua conservação e uso sustentável visando à defesa da biodiversidade e o uso consciente dos recursos naturais, tendo como marco inicial, em 1972, o relatório “Os Limites do Crescimento”, publicado pelo Clube de Roma. Os Parâmetros Curriculares Nacionais trazem o meio ambiente como tema transversal e destacam a biodiversidade como um dos valores que passa a ser reconhecido como essencial para a sustentabilidade da vida na Terra. Assim, tornam-se relevantes as discussões acerca da biodiversidade nos ambientais formais de ensino a fim de sensibilizar os educandos sobre os conflitos ambientais, refletindo-se sobre a gênese desses conflitos e incentivando-os na busca de soluções. Para isso realizou-se uma oficina intitulada Biodiversidade Brasileira com estudantes do Ensino Médio de uma escola da Rede Municipal de Cruz das Almas, Bahia, parceira do PIBID - Biologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A oficina teve por objetivo possibilitar aos alunos compreenderem a importância da biodiversidade para a manutenção da vida na Terra, com ênfase nos biomas brasileiros, além de conhecer a concepção desses estudantes sobre o assunto em questão. As atividades foram iniciadas com uma dinâmica de apresentação e aplicação de um teste diagnóstico a fim de conhecer a percepção dos estudantes acerca da temática, seguido da exposição de alguns conceitos importantes no estudo da biodiversidade por meio de um processo dialógico de construção do conhecimento. A fim de fomentar a discussão sobre consumismo, desenvolvimento sustentável e aquecimento global foi exibido o vídeo “A história das coisas”. Em outro momento, foi exibida a série “Biomas Brasileiros” e disponibilizados textos sobre as características dos biomas brasileiros e textos sobre desenvolvimento sustentável e conservação para leitura e discussão. Em seguida solicitou-se que os alunos caracterizassem os biomas por meio de desenhos e que socializassem os resultados com o grupo. No último encontro foi realizada uma visita à Mata de Cazuzinha, um remanescente de Mata Atlântica localizado nas proximidades da escola parceira. A avaliação de aproveitamento ocorreu de forma processual através das discussões, do nível de participação e da qualidade do material produzido. Inicialmente, os estudantes apresentaram dificuldade em identificar a distribuição geográfica dos biomas brasileiros, não sendo essa dificuldade totalmente superada durante a oficina. Percebeu-se que houve envolvimento e interesse dos estudantes na execução das atividades e um nível razoável de compreensão sobre a importância da biodiversidade e a necessidade de sua conservação. Dessa forma, entende-se que a oficina atingiu, pelo menos parcialmente, seus objetivos.