O livro didático (LD) é a principal fonte de ensino de uma disciplina nas escolas de nosso país, pois os professores direcionam suas aulas a partir do conteúdo programado exigido pela escola que está presente nos livros. Ao considerarmos os PCN como diretriz necessária para o ensino de língua portuguesa em sala de aula, surge a preocupação de observar se os livros didáticos procuram abordar o conteúdo exigido para a série entrando em harmonia com as determinações das orientações curriculares. Dessa forma, este artigo tem o objetivo de discutir se o manual do professor de um LD específico direcionado ao 6º ano está em consonância com os PCN e se aborda de maneira eficaz o tema de variação linguística. A partir dos princípios do PCN e dos fundamentos de Bagno (2002) sobre o ensino de variação linguística em sala de aula que respaldamos nosso estudo. Nossa pesquisa é de caráter interpretativo e bibliográfico, uma vez que pesquisamos as particularidades de um LD e interpretamos a consonância, ou não, com as diretrizes curriculares nacionais (PCN). Como trata-se de uma artigo mais sintetizado, analisamos apenas 4 capítulos do livro para que a discussão se aprofundasse mais. Mesmo que seja breve, nosso estudo manifesta considerações importantes para o ensino de língua portuguesa, uma vez que, a análise revela que, nos capítulos analisados, que em apenas um capítulo há a presença de um texto com linguagem informal, no entanto, esta não envolve uma discussão sobre a pluralidade linguística de nosso país. Apesar dessa falha, percebe-se que os objetivos do LD, presentes no manual do professor, estão em consonância com PCN, por disporem da mesma finalidade de competência linguístico-comunicativa do aluno.