"VERSOS NOVOS E CANÇÕES" (1871-1872), OBRA DO POETA FRANCÊS JEAN-NICOLAS ARTHUR RIMBAUD, É, APESAR DE POUCO POPULAR E POUCO EXPLORADA PELA CRÍTICA LITERÁRIA, DETERMINANTE PARA A POESIA MODERNA, NOTADAMENTE PORQUE CONSTITUI UMA POESIA OBJETIVA E DE PROJETO UTÓPICO RESPONSÁVEL POR ORIENTAR A PRODUÇÃO DAS OBRAS MAIS APURADAS DE RIMBAUD. ESTE TRABALHO INVESTIGOU, À LUZ DAS REFLEXÕES DO DR. RENAUD LEJOSNE-GUIGON (2014), PESQUISADOR PELA UNIVERSITÉ SORBONNE NOUVELLE, PROCEDIMENTOS ESTILÍSTICOS RELATIVOS AO NOVO MANEJO DO POETA COM RELAÇÃO AOS VERSOS DE MEDIDA IRREGULAR E À CONFIGURAÇÃO DOS SIGNIFICANTES. ESTA PESQUISA APONTOU QUE, EM "VERSOS NOVOS E CANÇÕES," É POR MEIO DA FOME E DA SEDE QUE O SUJEITO LÍRICO BUSCA CONSUMIR O REAL, PROCESSO PELO QUAL O EU BUSCAVA NÃO SÓ A ELE PERTENCER MAS, TAMBÉM, A ELE FUNDIR-SE, NA BUSCA POR UMA COMUNHÃO SOCIOCÓSMICA; O OBJETIVO É, NO ENTANTO, INVIÁVEL, PORQUE SABE ESTAR FADADO À IMPOSSIBILIDADE DA PRESENÇA NO MUNDO, O QUE SUSCITA E DETÉM A UTOPIA.