A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA BRASILEIRA TEM SOFRIDO MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS QUE APOIA A CAUSA INDÍGENA, TENDO ADQUIRIDO RECONHECIMENTO DE DIREITOS AO LONGO DOS TEMPOS, A EXEMPLO DOS INSERIDOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E DA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL DE 1996. NESSE PROCESSO DE VALORIZAÇÃO, O ETNOCONHECIMENTO MOSTRA-SE COMO PEÇA FUNDAMENTAL PARA A CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E SOBREVIVÊNCIA DESTES GRUPOS. ESTE ESTUDO ANALISA DISCURSOS DAS DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DO MUNICÍPIO DE MANAUS, SOBRE O CONCEITO DE ETNOCONHECIMENTO E SUA RELAÇÃO COM O ENSINO DE CIÊNCIAS, TENDO COMO APOIO TEÓRICO E METODOLÓGICO A ANÁLISE DE DISCURSO DE ORIGEM FRANCESA. COMO RESULTADO DE ANÁLISE, INFERE-SE QUE, APESAR DE NÃO EXPLICITAR O CONCEITO, O DOCUMENTO APRESENTA INTERDISCURSIVIDADE COM DISCURSOS RELACIONADOS AO ETNOCONHECIMENTO, EM UM SENTIDO AMPLO, E COM DOCUMENTOS OFICIAIS QUE EMBASAM A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA. A INTERDISCURSIVIDADE PRESENTE NO DOCUMENTO CONTRIBUI PARA APROFUNDAR DISCUSSÕES ACERCA DO ENSINO DE CIÊNCIA PARA AS COMUNIDADES INDÍGENAS, POSSIBILITANDO A ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS APLICÁVEIS E PAUTADAS NAS NECESSIDADES DE CADA POVO.