Apesar das discussões e trabalhos de informação desenvolvidos para diminuir o índice de adolescentes grávidas, o Brasil ainda encontra-se com um índice elevado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2011 e 2012, o total de filhos gerados quando as mães tinham entre 15 e 19 anos quase dobrou: de 4.500 para 8.300. Conforme os dados da Secretaria Municipal de Saúde (2013) da cidade de Areia, de 100% das mulheres grávidas, no munícipio, 22,2% são adolescentes com idade inferior a 20 anos. Por este motivo, as ações afirmativas, relatadas e avaliadas neste artigo, foram desenvolvidas com um grupo de estudantes da escola pública estadual, ensino médio, na cidade de Areia, e visualizou um grupo de estudos e formação considerando os aspectos críticos e essenciais sobre a sexualidade na adolescência, e nos permitiu constar dados sobre o que os adolescentes sabem e compreendem sobre a gravidez na adolescência. As ações se deram por três momentos formativos, constituídos por meio de pesquisa-ação, de forma a proporcionar uma maior conscientização sobre o tema gravidez na adolescência, sendo abordado através de subtemas como; aborto, os riscos da gravidez precoce e os métodos contraceptivos. Os dados mostram que amostra composta por 18 alunos, sendo 3 meninos e 15 meninas, com idades entre 16 e 21 anos, os quais respondendo ao questionário obtemos os seguintes dados; 13 (72%) conhecem grávidas na escola,4 (22%) não conhecem e 1 (6%) não responderam. Ao se questionar qual era a melhor idade a ser iniciada a relação sexual, 4 (quatro) responderam aos 17 anos, 3 alunos responderam com 18 anos, 2 alunos responderam com 19, 1 estudante respondeu com 16 anos , 1 aluno com 15 anos e 1 estudante aos 25 anos.Ao questionar quais os motivos da ocorrência da gravidez na adolescência, 10 (53%) concordaram que o principal motivo é a submissão ao parceiro, 6 (31%) acreditam que a falta de experiência na utilização de contraceptivos, seja uma das causas de tantas meninas engravidarem na adolescência, e 3 (16%) estudantes afirmam que a falta de informação por meio dos órgãos competentes influenciam a gravidez precoce. Sobre aborto, 7 (23%) alunos desconhecem alguém que já tenha praticado aborto, porém 11 (77%) já conhecem indivíduos que já realizaram o aborto, o que nos permite afirma que falta formação e informação para esta população sobre a responsabilidade da maternidade e os cuidados sobre à saúde da adolescência. Sendo assim, podemos afirmar faltam ações propositivas dentro do âmbito escolar para melhor a formação sobre sexualidade para a população adolescente.