Analisa-se a precarização do trabalho docente no ensino superior federal em uma Universidade Pública brasileira. Trata-se de uma pesquisa exploratória com o Presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) – gestão 2011 a 2013. Assim, no contexto da reestruturação produtiva neoliberal instaura-se no país durante o governo FHC uma reforma da administração pública. Ocasião em que as universidades públicas passariam a adotar um novo modelo de gestão baseado na eficiência dos resultados e submissão das relações de trabalho em regime precarizado. A reforma universitária surge como uma alternativa para o redirecionamento da política educacional no marco das exigências dos organismos internacionais sob a égide da mercantilização e privatização do ensino superior. Durante o governo Lula a política de acesso ao ensino superior avançou no processo de privatização da educação. Embora se considerando as profundas transformações de favorecimento ao acesso à educação no país, não se pode olvidar do processo de mercantilização do ensino com a implementação do PROUNI, que favoreceu sobremaneira as instituições privadas a partir de uma política de incentivo à prestação de serviços educacionais inserida no mercado educacional. A expansão universitária torna-se outra vertente das políticas elaboradas pelo Banco Mundial para os países de periferia, que expressa a concepção de adaptação e difusão do conhecimento na perspectiva de mercantilização do ensino e favorecimento da iniciativa privada no mercado de ensino superior. Portanto, no Brasil, intensifica-se a privatização da educação por meio de uma política em consonância com os ditames do mercado, bem como a UFCG se insere neste contexto de flexibilização e precarização do trabalho docente no ensino superior.