Neste trabalho, discutiremos o uso contemporâneo do futuro do subjuntivo na construção condicional iniciada pelo conector Si. Considerando que língua espanhola é o idioma oficial de 21 países, decidimos delimitar nossa pesquisa. Assim, escolhemos trabalhar com o espanhol do Paraguai por ser uma variedade menos analisada nos estudos linguísticos hispânicos e brasileiros. Optamos por realizar nossas investigações a partir dos dados coletados em dois subcorpora do Corpus del español - Web/dialectos e Now. Analisando os dados, encontramos ocorrências do futuro do subjuntivo na construção condicional iniciada pelo conector Si. Exemplo: “El virus de la hepatitis B si fuere adquirido en etapas tempranas de la vida genera en alto porcentaje cáncer hepático” (Corpus del español–Now). Também, observamos que ser, haber, estar, hacer e tener são os verbos mais recorrentes, sendo fuere a forma verbal com maior frequências (250 ocorrências). Para fundamentar nossa pesquisa, buscamos embasamento nos pressupostos do modelo de Gramática de Construções Baseada no Uso proposto por Goldberg (1995; 2006), Croft (2001), entre outros. Este modelo entende a língua como uma rede de pareamentos de forma-significado, denominados – construções. Ademais, a GC considera que a existência de uma determinada construção em uma língua ocorre em virtude de estar disponível cognitivamente para os falantes que a compartilham. Nesse sentido, essa abordagem possibilita compreender as implicações sintáticas, semânticas e pragmáticas que o uso do futuro do subjuntivo na construção condicional iniciada pelo conector Si promove na variedade do espanhol do Paraguai, para além das esferas religiosa e jurídica, onde se observa regularmente.