Considerando o contexto mais recente de políticas linguísticas brasileiras, que efetivou ações em prol do bilinguismo funcional como a Lei n. 13.415/2017 e a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, enfatizando o ensino obrigatório de um único idioma em todo o território nacional, a despeito das realidades e das peculiaridades sociolinguísticas de cada Unidade Federativa; considerando ainda a visão glotopolítica do fazer político (ARNOUX, 2011), que se efetiva a partir e por distintos atores sociais, não se limitando a ações do Estado; e indo ao encontro da proposta do Simpósio Temático ao qual se vincula este trabalho, busco problematizar a questão do ensino de Espanhol no Amazonas, estado brasileiro marcado pela pluralidade étnica, linguística e cultural, cuja presença de falantes de variados idiomas é cada vez mais significativa. Com base em pesquisa documental e bibliográfica, ao abordar o ensino do Espanhol sob a ótica glotopolítica, meu objetivo é traçar um breve panorama que enfatize ações de resistência que contribuem para a permanência do ensino do idioma, com destaque para eventos realizados no estado e suas consequências para o ensino do Espanhol. Os resultados das pesquisas indicam que os eventos realizados configuraram arenas de discussão glotopolítica e de formação de professores, contribuindo diretamente para a permanência resistente do ensino de Espanhol no Amazonas, materializada por meio de legislação específica em nível municipal.