As reflexões contidas neste debate trazem questionamentos acerca do modelo de educação brasileiro ao que toca o caráter reducionista imposto à tônica da “formação para a cidadania,” num processo educativo meramente mecanizado, pois, consideramos que a cidadania almejada no jugo do capital é uma falácia, haja vista, que não altera a desigualdade social, marca deste sistema sóciometabólico. Assim, os apontamentos contidos neste ensaio literário trazem para o debate a questão da educação como instrumento necessário para que indivíduos percebam as reais condições materiais as quais estão subjugados, e assim, possam somar suas forças sociais, tornando-se, efetivamente, “senhores da história”. Na tentativa de esclarecer o que de fato se constitui como o modelo ideal da educação tendo como norte as premissas anteriormente mencionadas, buscamos apontar o que seria realmente uma educação voltada à construção da emancipação humana, não estamos afirmando que é pela educação que os homens se tornarão livres, isto é, tarefa do trabalho, o que implica dizer que este nível de emancipação só será efetivado noutra sociabilidade, livre da exploração e alienação do trabalho. Porém, a educação deve está alicerçada em bases críticas e revolucionárias, evidenciando que só pela práxis os sujeitos possam suplantar a ordem burguesa, alcançando a cidadania substantiva e a liberdade plena, onde o desenvolvimento de um seja o desenvolvimento de todos.