Este trabalho surge das pesquisas em andamento para minha dissertação de mestrado em História, pela Universidade Federal da Paraóba (UFPB), dentro da perspectiva da história da educação, com enfoque para o estado da Paraíba. Tem como pretensão perceber as representações do jornal A União no que se refere às práticas educacionais patrióticas disseminadas e intensificadas em virtude da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), especialmente após a entrada do Brasil no confronto, em agosto de 1942. Pesquisando no acervo do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico Paraibano), foi possível perceber as ações do governo de Getúlio Vargas, de caráter nacionalista e ditatorial, visando ao incentivo da população paraibana para o patriotismo necessário ao contexto de guerra por qual passava o país. Entendendo que a educação se dá para além dos espaços formais, o jornal oficial do governo se constituiu como mecanismo formador de opinião e ideias, colaborando fortemente com a construção de uma consciência nacional de incentivo aos pracinhas que se preparavam para o combate. Dentro da perspectiva da História Cultural, a proposta é analisar de que forma o governo brasileiro, através dos periódicos, propagava práticas nacionalistas e divulgava ações pedagógicas de escolas públicas, influenciando a sociedade paraibana para a construção de valores morais e patrióticos. A metodologia utilizada foi a análise de matérias apresentadas nos jornais dentro do recorte temporal estabelecido e o embasamento em bibliografia que tratam da temática. Dialogando com Eric Hobsbawm (1999), Jörn Rüsen (2007), Vânia Cristina da Silva (2011), FONSECA (2006), dentre outros autores que se propõem a discutir a função da educação e seus desdobramentos na vida prática, tornou-se possível a realização desse intento e assim, contribuir com a historiografia da educação na Paraíba.