A LITERATURA INFANTIL COMO PROPULSORA DA PRÁTICA HUMANÍSTICA: UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO LITERÁRIO NA ALFABETIZAÇÃO Viviane Sulpino da Silva Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG)O presente trabalho busca evidenciar a relevância da função estética na literatura infantil para a formação humanística e a promoção do letramento literário. Objetiva-se, desse modo, contribuir para a formação docente e prática pedagógica valorizando a função estética literária para reelaboração de conceitos. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, cujo campo de estudo foi uma escola pública do município de Campina Grande – Paraíba. Os colaboradores foram os alunos da turma do primeiro ano, os professores alfabetizadores da instituição e a equipe técnica pedagógica. Os registros em diário de campo, fichamentos de livros, entrevistas e as produções das crianças constituem instrumentos de coleta de dados. A perspectiva de análise de dados é descritivo-qualitativa baseada na teoria da Estética da Recepção. Nas intervenções com o texto literário utilizamos o método recepcional. Os principais teóricos que embasam esse estudo são: Compagnon (2010, 2012), Zilberman (1985; 1988), Jauss (1994), Cosson (2006), Marcuschi (2008) e Ribeiro (2009). A comunicação de opiniões e ideias a respeito da temática propicia a interação dialógica, mediada por discussões coletivas que fomentam a escrita do texto de opinião. Os resultados da análise dos dados evidenciaram que a interação e mediação entre a obra literária e o leitor podem conduzir as crianças à prospecção, ou seja, à reformulação das expectativas pela apresentação de novas perspectivas motivadas pela ruptura e ampliação do horizonte de expectativas, resultado do trabalho dialógico com a literatura infantil.Palavras chave: Literatura infantil; Estética da Recepção; formação humanística.