INTRODUÇÃO: Atualmente, o apelo ao trabalho interdisciplinar constitui-se por um desafio, e ao mesmo tempo, por novas perspectiva no processo ensino-aprendizagem, visto que, a referida prática educativa exige por parte do professor abandonar a sua zona de conforto e estabelecer diálogos e parcerias com outros docentes através das diversas disciplinas. Assim, a presente ação visa descrever uma “tentativa embrionária” de trabalho interdisciplinar na Escola Municipal Manoel Ferreira, no município de Caroebe, estado de Roraima. Tendo como iniciativa desenvolver atividades relacionadas ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência para a Diversidade do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Roraima. Vale mencionar que os sujeitos da pesquisa foram alunos do 4º e 5º ano, com idade entre 8 a 17 anos. Desse modo, foi desenvolvido o projeto intitulado “Aprendendo história no Ensino Fundamental através do cotidiano: práticas educativas interdisciplinares”. O mesmo justifica-se na busca de ressignificar as práticas pedagógicas, permeado pela noção de história local, tendo como pano de fundo os aspectos sociais e culturais. Para tanto, foi envolvida as disciplinas de História, Geografia, Português e Artes. OBJETIVO: Compreender a história local tendo como mediação os alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, por meio da, prática interdisciplinar nas disciplinas de História, Geografia, Português e Artes. METODOLOGIA: O desenvolvimento das atividades foram realizadas por meio do ensino de história, na qual, o objetivo era fazer o elo entre o cotidiano vivido e narrado dos alunos em sua localidade. A prática desenvolvida na sala de aula envolveu a produção textual, a pontuação e a descrição de si. A partir da descrição dos alunos foi aplicado o ensino da geografia com relação ao espaço-tempo, através de mapas onde os mesmos iam reconhecendo o estado de origem, entre as divisas do município de Roraima. Quanto ao ensino de arte foi confeccionado caderno com o intuito de registrar através de desenho de si e em seguida da família em que o aluno convive, mapas e jogos. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Tudo que fazemos, o que pensamos, sentimos tem um sentido para a história dependendo da época em que vivemos. A descrição sobre o próprio aluno como: o nome? a idade? onde nasceu? localidade onde mora? Quantas pessoas há na família? nome de amigos? esporte preferido? a comida preferida? a religião? o que faz durante o dia? Essas informações são propicias aos conhecimentos dos alunos. São inúmeras as ferramentas disponíveis para o discente desempenhar o seu trabalho na sala de aula, ou até mesmo fora dela, e a própria natureza onde estamos inseridos oferece recursos que podem ser utilizados, desde do abstrato ao concreto. No decorrer das atividades proposta foi-se percebendo a interação dos alunos, ao expressarem seus sentimentos, compartilhando suas alegrias e tristezas. Durante a execução do planejamento foi possível observar o interesse dos alunos ao questionarem sobre a sua realidade local, onde os mesmos passaram a incentivar seus pais a buscarem melhorias e por fim dando sentido ao porque estudar história.