A crescente preocupação com o uso excessivo de produtos que possam causar contaminação ao meio ambiente tem aumentado significativamente nos últimos anos. O aumento na degradação ambiental vem ocorrendo de diversas formas e, a partir da década de 90, uma atenção especial foi destinada à presença dos microcontaminantes orgânicos nos meio ambiente (FERREIRA, 2005).Dentre estes compostos, são crescentes as pesquisas sobre os Contaminantes Emergentes (CE) (SIMÕES, 2013), compostos que podem ser encontrados em matrizes ambientais e biológicas, mas que não possuem uma legislação para regulamentar sua concentração máxima permitida, mesmo apresentando risco potencial à saúde humana e ao meio ambiente (SILVA, 2011).Compreendem os fármacos: produtos de higiene pessoal, hormônios, subprodutos industriais, detergentes e drogas ilícitas. Tais produtos estão dispersos amplamente no meio ambiente, por meio das atividades humanas, e são "emergentes" em águas superficiais e subterrâneas, como resultado de emissões industriais, de derrames acidentais, da aplicação controlada e das atividades de consumo (BRAVO, 2009).Através deste contexto, o objetivo do presente trabalho é relatar as experiências compartilhadas em sala de aula, no primeiro semestre de 2013, com os alunos do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal da Paraíba – Campus Sousa. O trabalho foi desenvolvido a partir de discussões sobre o tema: “Contaminantes Emergentes”, durante as aulas de Química Ambiental, que faz parte das disciplinas obrigatórias do 7o período da matriz curricular do supracitado curso. A partir das primeiras discussões, verificou-se o desconhecimento por parte dos alunos sobre os conceitos e as possibilidades destes compostos poderem trazer algum tipo de risco ao meio ambiente e à saúde humana. No desenvolver das aulas do curso, alguns alunos já apresentaram um maior interesse sobre o tema, despertando o desejo de realização de pesquisas na área, sendo possível o desenvolvimento de um Trabalho de Conclusão de Curso por parte de uma das alunas que cursou regulamente a disciplina (SOUSA, 2014).Apesar das discussões durante as aulas servirem apenas como ponto de partida para introduzir o tema, a partir da conscientização ambiental dos futuros professores será possível uma atuação dos mesmos como agentes multiplicadores de intervenções que minimizem os problemas ambientais causados pelo manuseio inadequado de produtos que possam acarretar a introdução de CE nas matrizes ambientais. Através desse contato informativo, pode-se projetar a efetivação de práticas de desenvolvimento sustentável que visem a uma melhor qualidade de vida da sociedade.