O presente estudo refere-se a uma pesquisa documental, que teve como objetivo analisar a oferta da prática da atividade física no Sistema Penitenciário Brasileiro, enfocando algumas iniciativas da educação penitenciária no início do século XX. Para isto, analisamos alguns relatórios ministeriais (brasileiros) produzidos pelos diretores das casas de Correções do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e do Presídio Ilha de Fernando de Noronha, assim como da Penitenciária de Florianópolis. Foi possível analisar que a oferta da prática da atividade física no Sistema Penitenciário Brasileiro, naquele período, foi utilizada especificamente como forma de tratamento físico, moral, educativo e psicológico ao indivíduo criminoso, uma vez que as atividades oferecidas variavam de instituição para instituição, e dependiam da forma como seus diretores viam a necessidade de ofertá-las, indo desde o banho de sol, à prática de modalidades esportivas, como voleibol, futebol, basquete, assim como ginástica, entre outras. Concluímos que as atividades físicas foram utilizadas no Sistema Penitenciário da época como uma forma para melhorar as condições psicológicas e o desvirtuamento da conduta do delinquente por meio de um conjunto especial de atributos que disciplinariam, com regras rígidas, assim como promoveriam a saúde, através das atividades corporais, além de ser um instrumento de regeneração das virtudes e da moral, tirados milagrosamente do corpo e da alma dos homens.