O artigo intitulado “A Instituição Escolar como Agência de Produção de Subjetividade na Sociedade Disciplinar” resulta da necessidade de se compreender a prática pedagógica como um meio de transferir valores morais e disciplinares para os que frequentam as escolas; tendo como objetivos investigar como essas práticas interferem na formação das subjetividades, procurando perceber quais discursos e de que maneira estão implícitos e explícitos no ambiente escolar, tanto por parte dos professores como da parte administrativa, para que dessa forma consigamos compreender as instâncias de poder que nos constitui como sujeitos atuantes na sociedade, e que lugar a escola ocupa na configuração social da atualidade. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa onde inicialmente partiu-se de estudos bibliográficos e da pesquisa de campo, através de observações, conversas informais com profissionais da área.Dessa maneira,pôde-se perceber que as formas de poder implícitas no âmbito escolar aparecem de maneira que o sujeito não perceba seu estado de dominação, pois este poder se dá de forma sorrateira, fazendo com que haja uma alienação em torno do que é posto como verdade. Não aparece através da força física, da agressão, mas de forma que o sujeito o veja como algo que lhe trará benefícios, que o faça acreditar em liberdade, pois o domínio através do intelecto é mais difícil de resistir do que o domínio pela força física, e a escola enquanto organização social tem a função de disciplinar os indivíduos através de práticas discursivas que faz com que estes se apropriem de determinados discursos que visam transformar as pessoas de acordo com o que delas se esperam socialmente, para que sirvam a determinadas instâncias de poder. Sendo assim, compreendemos que os diversos discursos proferidos no ambiente escolar como forma de disciplinamentos e necessidades de determinados conhecimentos para que sirvam a determinadas instâncias, são impostos de maneira que o aluno internalize que necessita desse disciplinamento para o seu próprio progresso social, ficando assim, totalmente submisso a esta forma de poder sutil e ao mesmo tempo autoritária.