CRUZ, Jackeline Pê Da. Ensino de ciências e a sexualidade na escola. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/7213>. Acesso em: 26/12/2024 22:31
ENSINO DE CIÊNCIAS E A SEXUALIDADE NA ESCOLARESUMOIntrodução: A Educação Sexual é assunto para o ensino fundamental e diversas disciplinas podem abordar o tema, tanto como conteúdo específico, quanto como tema transversal. No ensino de Ciências o tema pode ser facilmente abordado enquanto conteúdo e são inúmeras as situações vividas pelos adolescentes que podem suscitar a abordagem do tema em sala de aula. Será que os docentes estão devidamente preparados para discutir sobre o tema sexualidade em sala de aula? E os educandos possuem os conhecimentos necessários sobre o tema? Objetivo: Este projeto visou avaliar como o conteúdo Educação Sexual estava sendo abordado por professores de uma escola pública de ensino fundamental e o impacto do ensino de ciências na visão sobre Educação Sexual de educandos do ensino fundamental da cidade de João Pessoa-PB. Metodologia: A Coleta de Dados realizada junto aos professores de Ciências e aos educandos do 7º, 8° e 9º ano, utilizou roteiro de entrevista e questionário semiestruturado, respectivamente, e buscou levantar os conceitos e as dificuldades encontradas para se abordar o tema. O questionário com educandos investigou o nível de conhecimento dos educandos sobre o tema. Resultados: Comprovaram que é necessária uma atenção maior voltada para abordagem do tema. A entrevista com os docentes abordou quatro características contempladas pelo PCN, são elas: domínio sobre tema, sistematização do tema, acessibilidade do conteúdo para os educandos e aspecto transversal. No DOMÍNIO relataram que não sentiam dificuldade em falar sobre o tema Educação sexual, se sentiam preparados e capacitados para falar com os educandos sobre sexualidade. Na SISTEMATIZAÇÃO focam no sistema reprodutor ao abordar o tema e apresentam uma desarticulação com as recomendações sobre orientação sexual nos PCN. Já na ACESSIBILIDADE os docentes usam como metodologia nas aulas, exemplos de situações que ocorreram na trajetória de sua vida e valorizam a importância de desenvolver trabalhos educativos voltados para combater o preconceito. E na TRANSVERSALIDADE apenas um docente desconhece a abordagem de forma transversal. Entretanto os educandos demonstraram que não encontram dificuldades de falar sobre sexo na escola ou sala de aula, mas conversam pouco sobre este assunto em casa, onde foi destacado o despreparo dos pais para trabalhar essas questões sobre sexualidade com público infanto-juvenil, causando um atravancamento das possibilidades de avanço para a saúde e a melhoria da qualidade de vida pessoal e comunitária, resultando no prejuízo para construção de cidadania. Conclusão: A análise dos dados apontou para a necessidade dos docentes planejarem melhor sua abordagem e dos adolescentes buscarem informações em fontes mais confiáveis. Desta forma, é essencial a participação de professores com habilidades, para conquistar os educandos e suprir as suas expectativas de discutir não apenas questões voltadas para ciências e biologias, mas também questões que envolvam valores, a moral e a ética.Palavras-chave: Educação sexual. Ensino fundamental. Ensino de ciências.