NA ATUALIDADE, TEM-SE DISCUTIDO E TEORIZADO REITERADAMENTE SOBRE A CHAMADA “CRISE DA LITERATURA,” OU SEJA, O DESINTERESSE DO ALUNO BRASILEIRO PELA LEITURA DO TEXTO LITERÁRIO PROPOSTO NO AMBIENTE ESCOLAR E A CONSEQUENTE DIFICULDADE QUE OS PROFESSORES TEM ENCONTRADO PARA LECIONAR TAL DISCIPLINA, SOBRETUDO NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. DIANTE DESTE CENÁRIO, ESTE ARTIGO PROPÕE A UTILIZAÇÃO DA FICÇÃO CIENTÍFICA COMO ELEMENTO DE MOTIVAÇÃO E OBJETO DE ENSINO PARA ATRAIR O ALUNO PARA O TIPO DE TEXTO LITERÁRIO QUE A ESCOLA PROPÕE. OBSERVA-SE QUE NAS ÚLTIMAS DÉCADAS, ALGUNS DOS PRINCIPAIS SUCESSOS DO CINEMA SÃO ADAPTAÇÕES DE LITERATURA DE FICÇÃO CIENTÍFICA, DE SORTE QUE O PÚBLICO EM FASE ESCOLAR TEM SIDO EXPOSTO E ATRAÍDO PARA ESTE GÊNERO VIA CINEMA. ASSIM, O TRABALHO COM ESSE SUBGÊNERO DA NARRATIVA PERMITIRÁ AO PROFESSOR PARTIR DE ALGO QUE ESTÁ CONSOLIDADO NO GOSTO DO ALUNO, SOBRETUDO SE UTILIZAR-SE DE CONTOS DE EDGAR ALLAN POE, UM DOS AUTORES MAIS CELEBRADOS NAS ESCOLAS NACIONAIS. VÁRIOS DE SEUS CONTOS SÃO OBRAS DE FICÇÃO CIENTÍFICA, REALIZADOS PELO MODO GÓTICO E/OU PELA UTOPIA/DISTOPIA – ESTA CARACTERÍSTICA É EXATAMENTE AQUELA ENCONTRADA NOS SUCESSOS CINEMATOGRÁFICOS ALUDIDOS ACIMA. TAIS CONTOS DE POE TAMBÉM INCIDEM SOBRE DISCUSSÕES DE NATUREZA (PÓS)COLONIALISTAS, POR CRITICAR E, POR VEZES, REPRODUZIR, O MODO DE PENSAR EUROCÊNTRICO ACERCA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA E AS HIERARQUIAS ESPACIAIS (METRÓPOLE VERSUS COLÔNIA) NO SEU DESENVOLVIMENTO. PARA A REALIZAÇÃO DESTA PROPOSTA, SERÃO UTILIZADOS OS POSTULADOS DE ROBERTS (2006), RIEDER (2008), KHAIR (2009), COSSON (2012), DENTRE OUTROS