Em uma análise geral nos livros de Física utilizados no Ensino Médio, nota- se a falta de rigor conceitual e matemático ao ser introduzida a noção da terceira lei de Kepler. A explicação de que, em um sistema onde existe uma grande massa central no qual gravitam massas menores, o quociente entre o cubo do raio médio de órbita e o quadrado do período de revolução ser um valor invariante não é bem justificado. A forma como a Lei dos Períodos é apresentada induz ao discente muitas interrogativas, e uma apresentação errônea traz, por consequência, uma má interpretação nos conceitos básicos, ocasionando problemas no desenvolvimento da Mecânica Celeste e na própria Lei da Gravitação Universal. Com a proposta da reformulação da Terceira Lei na visão de Newton, é possível reescrever a expressão descrita por Kepler em sua obra, obtendo uma nova forma de expor a Constante de Kepler (K), a fim de apresentá-la em outra perspectiva, e, desta forma, mostrar as condições em que ela pode ser considerada como um valor invariante. Outro ponto a ser considerado é que os corpos, em seus movimentos de revolução, giram ambos em torno do centro de massa do sistema considerado, ao contrário da ideia transmitida pelos livros. Portanto, de acordo com a nova visão aqui mostrada, o aluno poderá entender esta importantíssima lei de forma completa, e não superficialmente como é retratada em bibliografias de Física do Ensino Médio, propiciando, assim, uma melhor aplicação dela em outras ciências como, por exemplo, a astronomia.