Este artigo pretende refletir sobre o limite entre proteção e participação de crianças nas práticas educativas com Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) a partir de um estudo bibliográfico exploratório em que foi realizado uma busca no banco de dados de periódicos CAPES a partir de diferentes descritores relacionados sobre o uso das TICs na Educação Infantil, e o campo limítrofe entre a proteção das crianças baseada no rigor disciplinar, e a importância da participação social das mesmas. A partir do embasamento das perspectivas teóricas entre a Sociologia da Infância que pensa essa criança como agente social reprodutora de cultura a partir de seus pares e as discussões foucaultianas sobre poder-saber onde a escola toma o lugar de mantenedora do controle social de poder que se desdobram à educação. Será investigado o que diz a literatura na referida área. Justifica-se a relevância do tema, no sentido de que se aprofunda epistemologicamente a categoria geracional “nativos digitais”, a qual pode generalizar-se para usos meramente mercadológicos, e se enfatizam particularidades dos contextos escolares na contemporaneidade com impactos no desenvolvimento infantil. Sendo entendido como nativo digital aquele sujeito que se coloca de maneira diferente diante da construção do conhecimento a partir de sua forma de se relacionar com as TICs. Os resultados indicam que, apesar de existirem muitos trabalhos sobre o uso de TICs na Educação Infantil, quando a busca é feita a partir de qualquer relação entre os descritores, há uma lacuna a ser preenchida por estudos que aprofundem a discussão sobre as regras de uso das tecnologias e as motivações infantis para o uso das mesmas diante do controle institucional nas práticas escolares.