A presente pesquisa realizou um percurso histórico pelos caminhos que levaram a possibilidade de nos dias atuais pessoas com transtornos metais poderem estudar. Esse fato se deu pela luta do movimento antimanicomial que foi formado por pessoas que se sentiram mobilizadas pela forma desumana como o louco foi tratado ao longo dos tempos. Entre essas pessoas estavam familiares, profissionais da saúde e o próprio paciente com transtorno mental, que lutaram pelo fim dos hospitais psiquiátricos e a implementação de novas formas humanizadas de cuidado, a chamada Reforma Psiquiátrica. Nesse contexto, quando consolidada as políticas de liberdade e ressocialização dessas pessoas foi possível que elas voltassem a viver em comunidade, fora das muralhas de aprisionamento dos hospitais, e com isso tivessem acesso as escolas e a possibilidade de estudar. Assim, foi possível verificar como uma estudante que vivenciou essa realidade de mudança do hospital psiquiátrico para uma residência terapêutica percebe seu acesso e vivência na escola.