Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa “Práticas de uso de softwares livres
na educação infantil e no ensino fundamental”, realizada de 2016 a 2017 no contexto do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Esta nasceu como resposta à demanda
recorrente de professores (as) da educação básica em torno de práticas de uso de software livres
com finalidade educacional no contexto escolar. Para isso, buscamos investigar práticas de uso de
softwares livres nas escolas do município de Garanhuns – PE. A investigação foi iniciada por uma
revisão da literatura acadêmica acerca do tema “software livre e educação”. Foram destacadas e
analisadas aquelas que faziam menção a práticas de uso de software livres na educação infantil e no
ensino fundamental, e em páginas avulsas na internet, blogs, sites, entre outros, buscando identificar
tais práticas. A sistematização ocorreu por meio de dois instrumentos: um para o software livre
recorrente e outro para os planos de aula, ensino e sequências didáticas. Como resultados, foram
localizadas 978 produções entre artigos publicados, monografias, dissertações, etc, sendo poucos os
trabalhos relacionados a software livres e educação infantil. Quanto aos software livres, tivemos
maior recorrência dos software Gcompris (66 textos), Tuxmath (49), Tuxpaint (29) e Tuxtyping
(10). No que se refere aos planos de aula e sequências de didática, foram percorridas 413 páginas,
sendo identificados: 71 planos do Gcompris, abordando aulas de português, matemática,
informática, ciências e geografia. 30 planos do Tuxmath, tratando de aulas de matemática, além de
geografia e informática. 11 planos do Tuxtyping abordando português / informática, inglês,
informática, matemática e ciências. 30 planos do Tuxpaint, tratando de artes plásticas, informática,
ciências, culturas da África, português, educação física, matemática, música, português etc. Ao final
da pesquisa, identificamos um grande número de documentos que discutiam a relação software livre
e educação, porém, tivemos dificuldades de encontrar, na literatura acadêmica, relatos que
explicitassem como esse software poderia ser utilizado em sala pelo professor. Essa falta de
material disponível é um entrave para melhor socialização e ampliação do uso dessas tecnologias,
tendo em vista as dificuldades que são relatadas da formação ao uso desses recursos.