A comunicação é o meio pelo qual as pessoas interagem umas com as outras, compartilhando mensagens e se tornando efetiva à medida em que essa mensagem é compreendida tanto pelo receptor quanto pelo emissor. Como base fundamental das relações interpessoais, a comunicação constitui-se também em uma necessidade humana básica e pode ser subdividida em verbal e não-verbal. Embora comumente apontada como benéfica, efetiva e terapêutica no tratamento de doenças, estudos recentes também revelam que a comunicação, sobretudo a não-verbal, guardam em si grande potencial para se tornarem prejudiciais e desfavoráveis à melhoria do estado de saúde de pessoas em tratamento, ou seja, iatrogênica. O objetivo da pesquisa é descrever o panorama brasileiro do ensino de conteúdos de Comunicação nos currículos de graduação em Enfermagem no Brasil Esse estudo será descritivo e exploratório O estudo foi desenvolvido com base no portal do Ministério da Educação com amostra total de 821 instituições de ensino superior, das quais, 244 foram selecionadas para composição da amostra. Os resultados apontaram para uma deficiente inclusão dos conteúdos pesquisados, demonstrando uma fragilidade na formação do enfermeiro. Essa constatação se contrapõe àquilo que se espera do enfermeiro durante o atendimento e em sua prática cotidiana do cuidado e relacionamento com a equipe de saúde. uma relação terapêutica tem entre seus pilares a comunicação, que dada a sua importância não pode ser relegada a um papel secundário em relação às disciplinas biomédicas. A superação desse modelo com vistas a um modelo holístico e humanizado passa, necessariamente, pela revisão dos conteúdos trabalhados no currículo dos profissionais de saúde. Nesse sentido é fundamental que se repense a importância da Comunicação enquanto componente curricular obrigatório nas grades da graduação em Enfermagem.